A meteorologia do Instituto de Pesquisas Científicas do Amapá (Iepa) prevê um novo aumento no nível do Rio Calçoene, na cidade homônima a 374 quilômetros de Macapá, a partir do dia 27 de março, com as chuvas intensas previstas para cair na região. A cidade têm trechos inundados por causa da elevação do nível, ocorrida em 9 de março.
Segundo a Defesa Civil do Amapá, o nível do rio subiu com as recorrentes chuvas que caíram na cidade. As águas atingiram mais de 200 famílias, principalmente as que moram na orla. Dessas, 8 estão desalojadas e foram para casas de parentes. Não há famílias desabrigadas.
da cidade no Norte do Amapá (Foto: Rafael Aleixo)
Ainda de acordo com a meteorologia, a probabilidade de cheia no rio ocorre devido a intensidade das chuvas, coincidindo com a lua nova e o aumento da maré. A ameaça de alta do nível e chuvas intensas segue até o fim de março, segundo o órgão.
Na visão dos moradores, os alagamentos diminuíram na cidade, mas ainda há água em algumas vias. O motorista Roberto Silva, de 30 anos, que mora na região atingida, diz que com a previsão os moradores temem que mais casas sejam atingidas com a possibilidade de alagamentos.
"Até o momento a situação tranquilizou, mas sabemos que este é um período de muitas chuvas na cidade e com esse alerta de cheia no rio, temos medo que mais casas sejam prejudicadas com esse alagamento. Muitas pessoas perderam bens materiais. Com a maré do rio cheia, está demorando para baixar a água", detalhou o motorista.
A metereologia aponta que as chuvas sejam intensas a partir desta segunda-feira (20) em Calçoene, podendo atingir até 20 milímetros no domingo (26). A temperatura máxima deve ser de 28 graus celsius na região, índice considerado comum no período de inverno amazônico, iniciado em dezembro com previsão de término para junho.
às famílias e casas atingidas (Foto: Rafael Aleixo)
Alagamento
Os danos da forte enchente que atinge o município de Calçoene estão sendo avaliados e controlados por uma força-tarefa composta por homens da Defesa Civil Estadual, do Corpo de Bombeiros e do Exército Brasileiro.
Foram atingidos principalmente moradores da orla da cidade, que foram cadastrados para receberem água potável, alimentos e colchões. Além disso, a cheia do rio Calçoene inundou ruas e estradas, deixando algumas comunidades isoladas, onde o único transporte é feito através de embarcações de pequeno porte.
O coronel Alexandre Veríssimo, coordenador da Defesa Civil, reforçou que o estado de emergência na cidade foi decretado pela prefeitura, após o órgão emitir um parecer técnico que relata os riscos de novas inundações.
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