quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Aula pública durante protesto explica crise financeira da Universidade Federal do AP

Aula pública reuniu acadêmicos, docentes e técnicos em frente à Universidade Federal do Amapá (Foto: Jéssica Alves/G1)Aula pública reuniu acadêmicos, docentes e técnicos em frente à Universidade Federal do Amapá (Foto: Jéssica Alves/G1)

Aula pública reuniu acadêmicos, docentes e técnicos em frente à Universidade Federal do Amapá (Foto: Jéssica Alves/G1)

A crise financeira que atingiu o orçamento da Universidade Federal do Amapá (Unifap) foi o tema de uma aula pública realizada durante um protesto na manhã desta quinta-feira (31) em frente a instituição. Ministrada pelo professor Iuri Cavlak, o debate fez um apanhado histórico sobre o desenvolvimento econômico e as consequências dos cortes nas atividades da academia.

“Debatemos sobre a crise política e econômica no Brasil que consequentemente atingiu a Unifap e outras universidades no país ao longo dos anos. A aula serviu como uma forma de direcionar técnicos, professores e acadêmicos sobre como chegamos até este cenário atual e possibilidades de como sair desse processo de crise, visando o crescimento da instituição”, disse o professor do curso de história.

O ato foi realizado em protesto contra o corte de verbas para a instituição anunciado pelo Governo Federal, que chega a 60%. O manifesto ocorreu em frente ao campus Marco Zero, na Zona Sul de Macapá.

Professor Iuri Cavlak fez abordagem histórica sobre crise econômica na universidade (Foto: Francisco Santiago/Arquivo Pessoal)Professor Iuri Cavlak fez abordagem histórica sobre crise econômica na universidade (Foto: Francisco Santiago/Arquivo Pessoal)

Professor Iuri Cavlak fez abordagem histórica sobre crise econômica na universidade (Foto: Francisco Santiago/Arquivo Pessoal)

A medida pode afetar investimentos e o pagamento de serviços como vigilância e limpeza. A informação foi confirmada pela reitora da Unifap, Eliane Superti, no dia 1º de agosto. Ela que prevê a maior baixa de recursos para o mês de setembro, quando termina o semestre letivo. A universidade conta atualmente com 7,2 mil acadêmicos e 1,1 mil servidores espalhados em campi de Macapá e no interior do estado.

O presidente do Sindicato dos Docentes da Unifap (Sindufap), Francisco Santiago, explicou que a paralisação teve o intuito de chamar a atenção para as dificuldades que a universidade terá com o corte de verbas, que ocorre em todo o Brasil.

“Nosso segundo semestre só termina em janeiro de 2018 e esse corte de orçamento acaba com as perspectivas de desenvolvimento da universidade, com prejuízos na pesquisa, ensino e extensão. A verba só garante bancar recursos como água, luz e serviços terceirizados até setembro. Depois disso corremos um sério risco de fechar as portas, pois é praticamente impossível manter as atividades com esta grande redução”, frisou.

Francisco Santiago, presidente do Sindicato dos Docentes da Unifap (Foto: Jéssica Alves/G1)Francisco Santiago, presidente do Sindicato dos Docentes da Unifap (Foto: Jéssica Alves/G1)

Francisco Santiago, presidente do Sindicato dos Docentes da Unifap (Foto: Jéssica Alves/G1)

A paralisação iniciou por volta das 8h, com a participação de estudantes, docentes e técnicos da instituição. Segundo Santiago, um novo ato deve ocorrer no dia 14 de setembro.

A reitora da Unifap apontou que a instituição já iniciou 2017 com orçamento 13,5% menor que o praticado no ano passado. A dificuldade financeira também está atingido as obras em execução, onde algumas delas podem ser paralisadas. Além disso, laboratórios e cortes em bolsas de extensão foram atingidos. A universidade prevê ainda atrasar dívidas para pagamento somente em 2018.

Ato foi realizado em protesto contra o corte de verbas para a instituição (Foto: Jéssica Alves/G1)Ato foi realizado em protesto contra o corte de verbas para a instituição (Foto: Jéssica Alves/G1)

Ato foi realizado em protesto contra o corte de verbas para a instituição (Foto: Jéssica Alves/G1)

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