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Jovem preso por suspeita de suborno será solto sem uso de tornozeleira
O estudante que foi detido deixou a unidade policial em que estava na tarde desta quinta-feira (31), após audiência de custódia. Ele ficará em liberdade, sem tornozeleira eletrônica. A família do garoto afirma que ele foi "pressionado" a fornecer suborno, com base no diálogo que ele teve com o guarda municipal antes da prisão.
No diálogo o guarda pergunta "o que é que você pode fazer pela gente?". A conversa foi filmada pelos guardas municipais e divulgada em redes sociais.
Os guardas municipais que participaram da prisão de um universitário de 23 anos por suspeita de suborno foram afastados dos trabalhos nas ruas e direcionados para atuar em postos patrimoniais.
Segundo a Guarda Municipal de Fortaleza (GMF), o caso será apurado pela corregedoria da Secretaria Municipal da Segurança Cidadã (Sesec). A ouvidoria da GMF tomou conhecimento do ocorrido e enviou para investigação da corregedoria. Uma sindicância deverá ser instaurada para abertura de procedimento disciplinar interno.
A prisão do universitário Antônio Anderson Leôncio Moreira ocorreu na segunda-feira (28), Ele é parado por uma equipe da Guarda sob supostas irregularidades com a motocicleta que pilotava.
O estudante explica que as multas que constavam no veículo haviam sido aplicadas durante o período em que a motocicleta havia sido roubada. Durante o vídeo, o universitário questiona o que os guardas podem fazer por ele.
A polêmica começa com uma resposta do guarda municipal: "O que você pode fazer para ajudar a gente?" Alisson oferece dinheiro e, em seguida, é dado ordem de prisão ao estudante sob a acusação de tentativa de suborno.
O advogado de defesa do universitário, Leandro Vasques, informou que neste caso houve “uso indevido de algemas, tendo como base uma súmula do Supremo Tribunal Federa”.
Análise das imagens
O diretor adjunto da Guarda Municipal, Marcílio Tavares, disse que a instituição investiga o vídeo. Segundo ele, houve infração de trânsito porque a motocicleta estava sem placa e estacionada na calçada, mas ainda é preciso analisar o diálogo.
Se for constatado que ele induziu o universitário ao suborno, o guarda pode sofrer processo administrativo. A análise das imagens deve levar de 30 a 60 dias.
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