Levantamento apontou que mais de 22 mil auxílios-doença foram concedidos pelo INSS no país (Foto: Bom Dia Brasil)
A principal causa de afastamento de trabalhadores por auxílio-doença no primeiro semestre desse ano no Amapá é a dor na coluna e articulações, que ocupa 40% dos pedidos, segundo um levantamento feito pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Além dos problemas físicos, os transtornos mentais, como depressão e ansiedade, ocupam 20% dos auxílios nas empresas do estado.
O levantamento nacional aponta que só nos seis primeiros meses de 2017 foram concedidos um total de 22.408 auxílios-doença, que geraram um pagamento de aproximadamente R$ 28,7 milhões em benefícios. A dor nas costas é a doença que mais afasta trabalhadores no Brasil por mais de 15 dias.
Problemas de coluna e articulações causam afastamentos de 45 até 90 dias do trabalho (Foto: Jéssica Alves/G1)
Segundo a perita médica do INSS no Amapá, Daniela Raulino, em média os problemas de coluna e articulações causam afastamentos de 45 até 90 dias do trabalho, pois incluem medicações e serviços para reabilitação.
“As lesões na coluna e articulações ocupam a maioria dos pedidos de auxílio-doença pois são muitos os trabalhadores que fazem atividades repetitivas e passam várias horas do dia em frente a um computador”, disse.
Daniela Raulino, médica perita do INSS no Amapá (Foto: Jéssica Alves/G1)
Ela avalia que muitos casos em que os pacientes tiveram a reabilitação, voltaram a apresentar os sintomas porque as atividades físicas que realizam não passaram por adaptações. A maioria dos casos, segundo ela, ocorre em empresas de comércio varejista e escritório.
“O problema com coluna rende afastamento em média de 90 dias, e a reinserção é um processo bem difícil, porque as empresas tinham que caminhar mais junto da previdência, para entender que no retorno do segurado, as atividades sejam adaptadas para que ele não adoeça novamente, como ocorrem em muitos casos”, reforçou.
Entre os transtornos mentais, a depressão moderada é a principal causa de afastamento do trabalho, em um período de 45 a 60 dias, informou a médica.
Maioria dos casos ocorrem em escritórios e empresas de comércio varejista (Foto: Jéssica Alves/G1)
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