Especialista fala como identifica e como lidar com conflitos de gênero
Em entrevista ao Piauí TV 1ª Edição o psiquiatra Daniel Mori explicou mais a respeito de como identificar e lidar com conflitos de gênero. Para o psiquiatra quando se nasce há uma designação de gênero, masculino ou feminino, a partir da genitália. Daniel Mori comentou que há uma dissociação entre o gênero designado no nascimento e a identificação que a pessoa possui.
“O que acontece com as pessoas trans é que elas vão se desenvolver e crescer. Na infância, na adolescência ou na vida adulta elas não vão se identificar com o gênero que lhes foi designado no nascimento”, pontuou Daniel Mori. O psiquiatra relatou que há várias teorias que abarcam conceitos biológicos, psicológicos, sociais e até antropológicos. “Ainda não existe uma teoria única que explique e a gente considera que seja algo biopsiquicosocial”, destacou.
Daniel Mori acrescentou que a identidade de gênero é uma experiência única para cada indivíduo. Segundo o psiquiatra o ideal é que a pessoa que se identifique em um gênero oposto ao que foi designado no nascimento procure um atendimento especializado. “Que seja alguém que tenha um bom vínculo e aí pode ser um psicoterapeuta, psicólogo, médico, uma assistente social ou alguém que possa ajudar a trabalhar estas questões”, enfatizou Daniel Mori.
Sobre a recomendação para a família, o psiquiatra destacou que é preciso a busca por especialistas. “A família é a base de cada indivíduo. A família é uma instituição em que o indivíduo vive. A gente ouve, tenta compreender as dúvidas para tentar trabalhar isso sempre com muito respeito”, afirmou Mori acrescentando que identidade de gênero e orientação sexual não são escolhas.
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