quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Estudantes, professores e técnicos fazem ato contra corte de verbas na Unifap

Categorias se reuniram em frente a campus da universidade na Zona Sul de Macapá (Foto: Jéssica Alves/G1)Categorias se reuniram em frente a campus da universidade na Zona Sul de Macapá (Foto: Jéssica Alves/G1)

Categorias se reuniram em frente a campus da universidade na Zona Sul de Macapá (Foto: Jéssica Alves/G1)

Estudantes, professores e servidores técnicos da Universidade Federal do Amapá (Unifap) fizeram um ato nessa quarta-feira (23) em protesto contra o corte de verbas para a instituição anunciado pelo Governo Federal, que chegam a 60%. O manifesto ocorreu em frente ao campus Marcco Zerão, na Zona Sul de Macapá.

A medida pode afetar investimentos e o pagamento de serviços como vigilância e limpeza. A informação foi confirmada pela reitora da Unifap, Eliane Superti, no dia 1º de agosto. Ela que prevê a maior baixa de recursos para o mês de setembro, quando termina o semestre letivo. A universidade conta atualmente com 7,2 mil acadêmicos e 1,1 mil servidores espalhados em campi de Macapá e no interior do estado.

A Unifap informou que a reitora participa nesta quarta-feira de uma reunião com o Governo Federal, em Brasília, para debater sobre o orçamento da instituição. O resultado do encontro será repassado para a comunidade acadêmica na sexta-feira (25).

Édico Pires, presidente do Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da Universidade Federal do Amapá (Foto: Jéssica Alves/G1)Édico Pires, presidente do Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da Universidade Federal do Amapá (Foto: Jéssica Alves/G1)

Édico Pires, presidente do Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da Universidade Federal do Amapá (Foto: Jéssica Alves/G1)

O presidente do Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da Universidade Federal do Amapá (Sinstaufap), Édico Pires, destacou que o ato foi planejado após uma reunião feita na terça-feira (22) com a reitoria, onde os cortes e o orçamento foram debatidos, elencando as demandas que a reitoria vai discutir com o Governo Federal.

“Os cortes na universidade não são de hoje, ocorrem desde 2014, mas neste ano foi o de maior impacto, com corte gigantesco que vai afetar as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Hoje a verba é de aproximadamente R$ 2 milhões e precisaríamos, no mínimo, de mais R$ 3 milhões para manter a instituição até dezembro, segundo informações da reitoria”, disse Pires.

O presidente do Sindicato dos Docentes da Unifap (Sindufap), Francisco Santiago, destacou que diversos atos estão sendo feitos pelas categorias, seguindo um movimento nacional contra os cortes de verbas para a manutenção das universidades.

“Esse corte de verbas é um desmonte nas universidades, e agora a verba só garante bancar recursos como água, luz e serviços terceirizados até setembro. Depois disso corremos um sério risco de fechar as portas, pois é praticamente impossível manter as atividades com esta grande redução”, frisou.

Corte de verbas pode suspender atividades da Unifap a partir de setembro (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)Corte de verbas pode suspender atividades da Unifap a partir de setembro (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

Corte de verbas pode suspender atividades da Unifap a partir de setembro (Foto: Fabiana Figueiredo/G1)

A reitora da Unifap apontou que a instituição já iniciou 2017 com orçamento 13,5% menor que o praticado no ano passado. A dificuldade financeira também está atingido as obras em execução, onde algumas delas podem ser paralisadas. Além disso, laboratórios e cortes em bolsas de extensão foram atingidos. A universidade prevê ainda atrasar dívidas para pagamento somente em 2018.

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