quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Ouvidoria e Conselho de Saúde acompanham caso de paciente encontrado morto próximo a hospital em Juiz de Fora

Antônio Célio Silvério estava desaparecido há 28 dias em Juiz de Fora (Foto: Reprodução/TV Integração)Antônio Célio Silvério estava desaparecido há 28 dias em Juiz de Fora (Foto: Reprodução/TV Integração)

Antônio Célio Silvério estava desaparecido há 28 dias em Juiz de Fora (Foto: Reprodução/TV Integração)

A Ouvidoria e o Conselho Municipal de Saúde cobram informações referentes à morte de Antônio Célio Silvério, de 47 anos, que desapareceu do Hospital Ana Nery, em Juiz de Fora, há 28 dias. O corpo dele foi encontrado nesta terça-feira (22) em uma mata vizinha à unidade de saúde e foi reconhecido por familiares.

A direção do hospital alega que o local não faz parte da instituição e que aguarda a identificação oficial do corpo pelo Instituto Médico Legal (IML). O caso também é investigado pela Polícia Civil e a causa da morte ainda não foi esclarecida.

De acordo com o IML, o corpo foi sepultado no Cemitério Municipal na tarde desta quarta-feira (23). Não houve velório porque o estado de decomposição era avançado.

Polícia Civil investiga caso de corpo encontrado próximo a hospital em Juiz de Fora

Polícia Civil investiga caso de corpo encontrado próximo a hospital em Juiz de Fora

O secretário executivo do Conselho Municipal de Saúde, Jorge Ramos, disse que a situação é atípica e precisa ser esclarecida.

"Queremos entender o que aconteceu. Sabíamos que era um cidadão hospitalizado em leito de longa permanência, para cuidado clínico, por ter sofrido um Acidente Vascular Cerebral (AVC). A informação inicial é de que ele não era paciente com transtorno mental, então precisamos conversar com a direção e entender o que aconteceu, porque a partir do momento que se encontra hospitalizado, a responsabilidade é do hospital", disse ao G1.

O desaparecimento de Silvério já era investigado na Polícia Civil antes mesmo do corpo ser encontrado. Agora, a delegada responsável pelo caso, Carolina Magalhães, explicou os próximos passos da apuração. "A gente vai aguardar o laudo da necropsia no IML para verificar a causa da morte e avaliar os desdobramentos. Enquanto isso, iremos chamar familiares e os funcionários do hospital para prestar depoimento", afirmou.

Desaparecimento

O desaparecimento de Antônio Célio Silvério foi divulgado no MGTV 2ª edição de segunda-feira (21). Na reportagem, a esposa dele, Alessandra de Almeida, disse que o marido sofreu um AVC em setembro de 2016, ficou em coma por 12 dias e voltou com algumas sequelas. Ela disse que ele sofreu outros dois AVCs e então foi internado no Hospital Ana Nery em julho de 2017.

A mulher relatou que recebeu a visita de uma equipe do hospital na casa dela, informando sobre o desaparecimento. Ela registrou um Boletim de Ocorrência (BO) e acionou o Corpo de Bombeiros, que fez buscas pelo local na ocasião, porém, sem sucesso. Segundo ela, o hospital não se responsabilizou pelo desaparecimento.

Homem estava internado no Hospital Ana Nery quando desapareceu (Foto: Reprodução/TV Integração)Homem estava internado no Hospital Ana Nery quando desapareceu (Foto: Reprodução/TV Integração)

Homem estava internado no Hospital Ana Nery quando desapareceu (Foto: Reprodução/TV Integração)

Hospital apura o caso

De acordo com a direção do Hospital Ana Nery, Silvério desapareceu da unidade no dia 26 de julho. Um dos administradores da unidade, Jorge Montessi, disse que Polícia Militar (PM) e os bombeiros foram notificados, fizeram rastreamento, mas não o localizaram. Ele destacou que há um trabalho interno específico sobre o caso do paciente.

"Temos uma comissão multidisciplinar que está apurando internamente o caso, para entender como ele deixou o hospital. O que sabemos é que ele não saiu pela porta principal. Um paciente em reabilitação, como o caso dele, tem liberdade para se movimentar na instituição, ir à cantina, caminhar pela área interna. O hospital tem uma área muito ampla e não tem verba para murá-la toda. Uma possibilidade é que ele tenha saído pela cerca que faz divisa com a fazenda vizinha", comentou.

Segundo informações da PM, o corpo foi visto por um funcionário do hospital, que notou um grande número de urubus sobrevoando a região. Ao verificar o que estava acontecendo, ele encontrou o corpo boiando à beira de um açude em uma área de mata. “O corpo foi encontrado durante a ronda de um funcionário na divisa entre uma fazenda vizinha ao hospital com o Bairro Linhares, fora da área pertencente à instituição”, afirmou Montessi.

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