quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Funcionários do Hemocentro de Juiz de Fora paralisam atividades nesta quarta

Paralisados por 24h, servidores se manifestam em frente ao Hemocentro em Juiz de Foa (Foto: Sindi-saúde/Divulgação)Paralisados por 24h, servidores se manifestam em frente ao Hemocentro em Juiz de Foa (Foto: Sindi-saúde/Divulgação)

Paralisados por 24h, servidores se manifestam em frente ao Hemocentro em Juiz de Foa (Foto: Sindi-saúde/Divulgação)

Os servidores da Fundação Hemominas em Juiz de Fora participam da paralisação de 24h em todo o Estado nesta quarta-feira (13). Cerca de 30% dos funcionários estão atendendo às solicitações de urgência e emergência.

O diretor estadual do Sindicato Único dos Servidores Públicos de Saúde do Estado de Minas Gerais (Sindi-saúde), Fabiano Ponciano, estima adesão em 70% na cidade e destacou que o objetivo é cobrar o fim do atraso no pagamento dos salários e do vale-transporte, além do valor e formato do ticket alimentação e realização de concurso público.

Em notas, a Fundação Hemominas e a Secretaria Estadual de Fazenda responderam às alegações dos servidores (leia as integras abaixo). O G1 aguarda retorno da Secretaria Estado de Planejamento e Gestão (Seplag)

Cobranças do funcionalismo

De acordo com o diretor do Sindi-saúde, os servidores estão sofrendo com o pagamento parcelado e com as datas previstas.

"O governo parcelou em até três vezes o pagamento do nosso salário. Em novembro, a primeira parcela atrasou. Agora em dezembro, anunciou que a primeira parcela será paga no dia 14, sendo que a data correta seria o quinto dia útil. Nesta quarta, fomos infomrados de que o secretário disse que não tem orçamento para pagamento do 13º salário e nem sabe quando será depositado", disse Ponciano.

A reposição do quadro de servidores também é uma das demandas da manifestação desta quarta. "Queremos um concurso público. Não houve reposição dos funcionários aposentados, exonerados ou em licença em todo estado. Especificamente em Juiz de Fora, nosso quadro está reduzido e somos responsáveis pelo atendimento a 57 hospitais e agências na região", destacou o diretor.

Outras cobranças feitas pelos servidores se referem ao ticket alimentação e vale-transporte, de acordo com o sindicalista. "Queremos o reajuste do valor do ticket, o que não acontece há cerca de cinco anos. E que ele seja desvinculado do salário, através de cartão magnético como era antes, porque agora também estamos recebendo de forma parcelada. E pedimos que o vale-transporte seja depositado no primeiro dia útil do mês. Em dezembro, ele só foi pago depois do dia 9", afirmou.

Ponciano disse ainda que o sindicato aguarda a chamada do governo para discutir as demandas e que, se não houver um retorno, a possibilidade de greve geral não está descartada.

Respostas do Governo

A Fundação Hemominas informou que, em relação ao concurso público, o processo para realização do certame já foi iniciado e que está aguardando autorização da Seplag. Sobre as questões referentes ao salário, vale-transporte e ticket alimentação, explicou que são de alçada do Governo do Estado, através da Secretaria Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e que está em monitoramento constante dos estoques de sangue, no intuito de garantir a oferta de hemocomponentes e a segurança transfusional em todo o Estado de Minas Gerais.

Em nota, a Secretaria de Estado de Fazenda lembrou que a decisão de parcelar os salários dos servidores está atrelada à atual crise econômica, o que, inclusive, levou o governo de Minas Gerais, com aprovação da Assembleia Legislativa, a decretar estado de calamidade financeira.

"As datas estabelecidas no parcelamento estão diretamente relacionadas à possibilidade real de desembolso do Tesouro Estadual, considerando-se a entrada de recursos, sempre priorizando o compromisso de pagamento da folha. Porém, apesar do esforço do governo estadual em cumprir o organograma da escala de pagamentos, atrasos vem ocorrendo, em função de fluxo de caixa insuficiente", diz a nota.

Em relação ao 13º salário, Secretaria de Estado de Fazenda destacou o governo aguarda a votação no Congresso do Projeto de Lei que autoriza a securitização da dívida ativa estadual. Com a aprovação da referida proposta, será possível antecipar o recebimento de créditos parcelados e, desta forma, obter recursos necessários para o pagamento do benefício dos servidores do Executivo Estadual. Os detalhes serão divulgados tão logo seja possível, informou a nota.

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