Deflagrada pelo Exército Brasileiro no município de Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá, a operação “Curare 4” resultou na prisão de 15 garimpeiros que atuavam de forma ilegal na região de fronteira com a Guiana Francesa. O trabalho de segurança foi realizado no período de 23 de novembro e 6 dezembro.
Além das prisões, a operação apreendeu ouro e identificou pontos de desmatamento ilegal, com apoio da Polícia Militar (PM) e do Instituto do Meio Ambiente e Ordenamento Territorial (Imap).
De acordo com o comandante do 34º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), Robson Mattos, o objetivo era combater os crimes praticados na fronteira.
“A operação Curare é mais um trabalho realizado pelo Batalhão dentro dos combates ilícitos transfronteiriços e ambientais. A ação trouxe a vivificação da presença do Estado na faixa de fronteira por meio de patrulhas e bloqueios fluviais e terrestres”, disse Mattos.
Cerca de 300 militares atuaram na operação com apoio do helicóptero das Forças Armadas, 11 viaturas e 9 embarcações. O Exército montou blitzes nas estradas e instalou um acampamento na Cachoeiras das Pedras, local de difícil acesso e utilizado para atravessar e chegar aos garimpos.
O trabalho também teve parceria da Polícia Federal, Receita Federal, Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Corpo de Bombeiros, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Ibama, Ministério Público e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Mattos destaca que, durante a operação, serviços médicos e odontológicos foram levados para Oiapoque, Serra do Navio e comunidade de Lourenço, em Calçoene.
“Quando a gente estabelece uma operação dessa, existem os ganhos tangíveis, como as prisões e apreensões de materiais, mas o ganho maior é a sensação de segurança para a sociedade que vive na faixa de fronteira com a presença dos órgãos constituídos”, finalizou o comandante.
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