Devido aos problemas no fornecimento de energia elétrica causados pela erosão nas oito ilhas do arquipélago do Bailique, na foz do rio Amazonas, em Macapá, a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), está readequando a estrutura no local. A estatal prevê a troca de postes e estrutura de fiação para locais em que há menor risco de desabamento.
O fenômeno das "terras caídas", onde a força do rio causa erosão de encostas, tem causado prejuízos na rede de distribuição de energia no distrito de Bailique há, pelo menos, dois anos, ressaltou a CEA. O diretor de engenharia, Bernardo Gouveia, enfatizou que mutirões emergenciais são realizados na região.
“Tivemos que aumentar nossa estrutura para fazer as frentes de trabalho no Bailique, que incluem mutirões emergenciais, reorganização na fiação para uma parte mais no centro das ilhas e assim minimizar os prejuízos que isso tem causado. Estamos executando projetos para substituir algumas estruturas antigas e que não afete o arquipélago”, destacou.
Os danos com a erosão constante no distrito tem derrubado postes de concreto, e visando solucionar este problema, uma das ações, será a substituição dos postes de concreto por estrutura em vidro , que são mais leves, ressaltou o diretor. Ele completa que o material vai facilitar a reestruturação de postes e fiações, e os prejuízos serão menores.
“É melhor para que ser realocado, em caso de tombamento. Não afunda e assim podemos resgatar e fazer esse serviço com mais celeridade. Outras readequações estão sendo estudadas para a melhoria do serviço na área”, informou.
O diretor de distribuição da CEA, Rafael Leite, reforça que o monitoramento na localidade é feito com frequência e devido ao avanço da erosão, as mudanças devem ser readequadas de acordo com o impacto natural.
“A CEA não tem medido esforços para que o serviço seja distribuído normalmente para a população no Bailique, entretanto o fenômeno é algo que não podemos prever o quanto a dimensão pode alcançar. Então buscamos fazer readequações para que não falte energia na região”, enfatizou.
O crescimento das "terras caídas" provocou a decretação da situação de emergência na região pelo Governo do Amapá em 23 de fevereiro. Segundo levantamento da Defesa Civil, pelo menos 13 comunidades sofrem com o fenômeno que já atingiu, total ou parcialmente, 168 edificações públicas e privadas, afetando ao todo 715 moradores.
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