Depois de mais de 45 anos sem contato com a família, o aposentado João de Souza Lima, de 62 anos, voltou a Porto Velho para matar a saudade. O encontro com os parentes aconteceu neste fim de semana, no setor chacareiro da capital.
João saiu de Rondônia com 17 anos para tentar uma vida melhor em Humaitá, cidade do sul do Amazonas (AM). Ele precisou sair de perto dos familiares e formou a própria família na nova cidade, onde mora até hoje perto dos filhos e netos.
A esperança de voltar a ver os familiares aumentou quando uma das netas, Joelma Garcia, mudou-se para Porto Velho e recebeu a missão de reencontrar a parentela do avô. Para isso, ela entrou em contato com a produção do quadro Desaparecidos, da Rede Amazônica no início de fevereiro. Menos de um mês depois da participação no Jornal de Rondônia 1ª Edição, a família foi localizada.
"Eu fiquei ansiosa demais quando coloquei a foto dele. Nesse dia eu nem consegui trabalhar direito. Quando a Rede Amazônica me ligou eu estava na rua, comecei a gritar e fiquei muito feliz", relembra.
A irmã de João, Maria José de Souza, pensava que ele não estava mais vivo. Quando ela o viu pessoalmente ficou surpresa e a alegria foi em dobro, já que o reencontro aconteceu no dia em que Maria completou 73 anos.
"Eu não falei mais com ele e não tinha notícias, pensei... meu irmão já morreu! Aí eles chegaram aqui, graças a Deus", disse.
Ila Marques Parente, esposa de João, enfatiza que ele sempre manteve a esperança de um dia poder encontrá-los novamente. "Ele falava muito e valeu a pena esperar", disse.
Ainda tem muita gente pro seu João conhecer e reencontrar. A grande expectativa é rever a mãe, que tem 95 anos.
"Graças a Deus essa filha me ajudou. Ainda não apareceu todo mundo, mas vai aparecer. Tem mais irmã, tem minha mãe, eu tô pedindo a Deus porquê, como ela tá com 95 anos, pra que não dê nenhum problema nela, que já basta eu que já estou quase morrendo de tremor", finaliza.
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