Pacientes das Unidades de Atendimento Intensivo (UAI) e do Pronto Socorro da Universidade Federal de Uberlândia (PS-UFU) aguardam até um mês para conseguir uma cirurgia ortopédica no Hospital de Clínicas da UFU (HC-UFU) e Hospital Municipal de Uberlândia.
De acordo com os representes da unidade, o motivo da espera é a falta de leitos. Um mutirão de cirurgias no Hospital Municipal deve ser realizado no próximo mês.
Nas unidades de saúde de Uberlândia, mais de 90 pacientes aguardam por esse tipo de cirurgia. Só no Pronto Socorro da UFU, 37 pacientes aguardam o procedimento, o que corresponde a cerca de 30% das 120 internações da unidade.
A comerciante Doralice Ferreira Ribeiro, de 52 anos, machucou o ombro em um acidente de moto no final de janeiro deste ano e, desde então, espera uma vaga para passar pela cirurgia.
"O médico disse que somente a partir de terça-feira ele terá uma resposta, se realmente vai ter a cirurgia", afirmou.
De acordo com a comerciante, a espera causa angústia. "Tenho medo de perder meu braço. Sou mãe de família e tenho uma neta com necessidades especiais e faz 30 dias que estou aqui sem poder movimentar o braço", lamentou.
O chefe do PS-UFU, Adenilson Lima e Silva, afirmou que os procedimentos serão marcados nos próximos dias e ainda explicou que em alguns casos o paciente pode ficar internado 15 dias aguardando a cirurgia.
Ainda segundo Lima, nos dois primeiros meses do ano, aproximadamente 424 cirurgias de traumas foram realizadas pelo HC-UFU e que a quantidade dos procedimentos depende da quantidade de leitos disponíveis na sessão de ortopedia, que atualmente é 20.
"Os leitos da enfermaria estão com alta taxa de ocupação. Os pacientes precisam de vagas no HV-UFU, ter um local que possa acomodá-los junto com as demandas do hospital para que eles possam ser operados", explicou.
Pacientes nas UAIs
Nas oito Unidades de Atendimento Integrado (UAIs) de Uberlândia, cerca de 57 pacientes aguardam a vaga para realizar cirurgias que, segundo os médicos, só são feitas no HC-UFU.
Lindaura Siqueira está com o pai, de 77 anos, internado na UAI Luizote desde o dia 2 de fevereiro, quando ele quebrou o braço após ser atropelado. A filha fala que a transferência não tem previsão.
"Estamos preocupados com o tempo de espera. Todo dia o médico diz que ele vai pra UFU e nunca vai", disse.
Hospital Municipal
De acordo com o assessor técnico da secretária de saúde, Clauber Lourenço, o que aumenta a espera dos pacientes é a falta de leitos e também de materiais para a realização das cirurgias.
O assessor afirmou ainda que um mutirão de cirurgias no Hospital Municipal deve ser realizado no próximo mês e, com isso, diminuir a fila de espera.
"O responsável da ortopedia do Hospital Municipal já vai organizando o mutirão de acordo com a possibilidade de leitos para a realização", explicou.
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