Os comerciantes que estão com boxes fechados no Mercado do Peixe, em Porto Velho, podem perder a licença para atuar no local, segundo a prefeitura. De acordo com o subsecretário da Indústria Comércio, Turismo e Trabalho, Júlio Cesar Siqueira, para manter a permissão para as vendas é preciso ter o box aberto, mesmo em dias de movimento fraco.
Quem atua no local reclama do baixo movimento e diz que os boxes fechados espantam os clientes. Outro fator que também estaria prejudicando o comércio no mercado é a venda de peixe feita pelos pescadores direto à população.
Em entrevista ao G1, na última segunda-feira (30), Siqueira explicou que o comerciante que não estiver abrindo o box pode perder o contrato de permissão para atuar no local. "A pessoa para ter a permissão, precisa manter o box aberto, embora o movimento esteja fraco de dia", disse.
Conforme o secretário, o Município buscará alternativas para melhorar o comércio no local. "Nós vamos trabalhar para buscar meio para que o movimento volte para o mercado", afirmou.
irá fechar o box por falta de vendas (Foto: Hosana
Morais/G1)
De acordo com Renato Geraldo, que trabalha no mercado desde antes da cheia de 2014, o movimento caiu após a enchente.
"Eu vou ter que fechar meu box, pois não tem movimento no mercado, fora que quando as pessoas chegam aqui e veem os demais boxes fechados acabam indo embora, o que espanta a freguesia. Lembrando que temos que pagar R$ 214 por mês sem nem conseguir vender R$ 5 por dia", disse Geraldo.
Para o secretário, o motivo do baixo movimento no Mercado do Peixe é a venda direta dos pescadores à população.
"Descobrimos que a Colônia dos Pescadores está vendendo o peixe direto para consumidor e isso prejudica a venda do comerciante do Mercado do Peixe. Por isso, iremos nos reunir com o presidente da Colônia para tratar sobre este assunto. Queremos movimentar a economia, e com essa venda direta deixamos de arrecadar e acaba prejudicando o comerciante", explicou Siqueira.
Para Aroldo Rodrigues, que é comerciante no Mercado do Peixe, é importante que a venda direta da Colônia dos Pescadores seja proibida.
"Quando eles vendem lá embaixo, nós deixamos de vender aqui em cima. Então, fica complicado essa situação. Tem dias que eu só vendo um ou dois quilos de peixe, às vezes 10, às vezes nada, precisamos que essa venda seja proibida para que nós possamos vender e os dois lados lucrarem", desabafou.
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